A canola vem se consolidando como uma importante alternativa de cultivo, especialmente em sistemas de rotação com soja, trigo e milho. Apesar de seu bom desempenho agronômico, ela está sujeita a diversos fatores que podem comprometer a produtividade e entre eles, as pragas merecem atenção especial.
As pragas atacam principalmente nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura, quando a planta ainda está pouco estruturada para resistir a danos. Além das perdas diretas causadas pela alimentação das pragas, elas também podem ser vetores de doenças, aumentando o impacto sobre a lavoura.
Principais pragas da cultura da canola
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
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Ocorrência: comum em áreas de plantio direto com palhada.
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Danos: perfura o caule das plântulas, causando tombamento e morte da planta.
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Controle: manejo da palha, plantio na época recomendada, tratamento de sementes com inseticidas.
Pulgões (Myzus persicae e Brevicoryne brassicae)
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Ocorrência: atacam principalmente em períodos secos e quentes.
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Danos: sugam a seiva das plantas, causando amarelecimento, encurvamento e redução do crescimento.
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Problema adicional: transmitem viroses como o vírus do mosaico da couve-rábano.
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Controle: monitoramento constante, controle biológico (joaninhas), e inseticidas seletivos quando necessário.
Traça-das-crucíferas (Plutella xylostella)
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Ocorrência: comum em períodos quentes, principalmente em áreas com histórico de cultivo de brássicas.
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Danos: lagartas se alimentam das folhas, formando furos e prejudicando o desenvolvimento da planta.
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Controle: controle biológico (parasitoides e Bacillus thuringiensis), manejo da resistência e aplicação de inseticidas.
Formigas cortadeiras (Atta e Acromyrmex spp.)
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Ocorrência: áreas com ninhos ativos próximos da lavoura.
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Danos: cortam plântulas recém-emergidas, causando falhas no estande.
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Controle: iscas formicidas no período de pré-plantio, inspeção de ninhos e controle localizado.
Percevejos (Nezara viridula e outros)
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Ocorrência: fase reprodutiva da planta.
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Danos: sugam grãos e vagens, reduzindo o rendimento e a qualidade das sementes.
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Controle: monitoramento a partir do florescimento e, se necessário, controle químico.
Vaquinha (Diabrotica speciosa)
- Danos: Os adultos consomem folhas, enquanto as larvas atacam raízes.
- Controle: Uso de armadilhas, rotação de culturas e inseticidas específicos.
Gorgulho da Canola (Ceutorhynchus spp.)
- Danos: As larvas perfuram as vagens e sementes, reduzindo o peso e número de grãos.
- Controle: Monitoramento com pano-de-batida. Aplicações preventivas no início da floração, se detectada infestação e inseticidas à base de neonicotinóides ou piretroides.
Como prevenir e manejar as pragas da canola?
Um bom manejo integrado de pragas (MIP) é a chave para garantir lavouras mais produtivas e sustentáveis. Aqui vão algumas práticas recomendadas:
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Tratamento de sementes: reduz a incidência de pragas iniciais como lagartas e pulgões.
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Rotação de culturas: quebra o ciclo de pragas específicas da canola.
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Monitoramento frequente: permite intervenções no momento certo, evitando uso excessivo de inseticidas.
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Controle biológico: aproveitamento de inimigos naturais como joaninhas, crisopídeos e parasitoides.
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Uso consciente de defensivos: escolha de produtos seletivos e alternância de modos de ação para evitar resistência.
O sucesso na produção da canola está diretamente ligado à prevenção e ao manejo adequado das pragas. Conhecer os inimigos da lavoura e adotar práticas integradas de controle ajuda a reduzir perdas, minimizar impactos ambientais e garantir uma colheita de alta qualidade.
Com planejamento e atenção, é possível manter sua lavoura protegida e produtiva do plantio à colheita. A Puro Grão é assistência completa ao produtor, entre em contato com nossa unidade mais próxima e garanta o melhor para sua safra.